
Meu irmão Luís
27 de maio de 2025
Angatuba/SP, o ano deveria ser entre 1960/1961, estava entre cinco e seis anos de idade.
Fui levada ao circo e como toda criança deveria ter ficado encantada com aquele mundo. Na verdade, não me lembro de nada no circo, mas entre as atrações, a que deve ter chamado minha atenção foi a do engolidor de espada com fogo na ponta, pelo que fiz em casa e disso me lembro muito bem.
Me vendo livre do empecilho maternal e de posse de uma caixa de fósforo, entrei em um quarto, não sei de quem e me posicionei ao lado de uma das laterais do guarda-roupas que ficava escanteado na parede, formando um ângulo entre as laterais e as paredes e com a caixa de fósforos nas mãozinhas, tirei um palito, risquei na lateral da caixa, acendi o fogo e ato contínuo, sem pensar, sem titubear, enfiei o palito aceso na boca… e na velocidade que enfiei, tirei o palito da boca, acho que já apagado.
Me lembro da sensação nada agradável que senti. Tenho “flashes” de lembrança de ter ficado bastante sem graça, como se alguém estivesse me vendo e presenciando a minha incompetência.
E assim, minha carreira circense nem bem começou, encerrou-se.