
Zezo, meu único irmão
24 de setembro de 2025
Dr. Américo chegou!
30 de setembro de 2025Angatuba/SP, devia ter entre 4 e 5 anos.
Eliana, amiga da minha mãe, foi passar um pedaço da tarde em casa. Chegando o comecinho da noite, ela se levantou pra ir embora e minha mãe foi acompanhá-la até o portão e lá as duas começaram a conversar animadamente.
E eu, com a permissão tácita de minha mãe, grudada participando como ouvinte da conversa, até que a Ivone, a ajudante de todos os assuntos aleatórios da casa, me chamou pois estava na hora da última mamada do dia, que normalmente eu mamava deitada no sofá.
Mas como estava participando “ativamente” da conversa entre minha mãe e a amiga, pedi que ela me desse a mamadeira ali mesmo e ela assim o fez, e tudo sem que minha mãe percebesse a movimentação.
E a Ivone me entregou a mamadeira (detalhe: na época só existia mamadeira de vidro) e no mesmo instante que eu segurei, eu soltei a dita cuja no chão, pois não aguentei o quão quente estava para minhas mãozinhas de pele fininha.
E foi aquele barulhão da mamadeira caindo no chão e eu vendo todo o leite derramado, literalmente.
Todas nós assustamos, e eu mais ainda, pois não entendi na verdade o que havia acontecido para que a mamadeira se desprendesse das minhas mãos e se jogasse ao chão.
Não precisa nem dizer que minha mãe ficou brava com a Ivone por não ter esfriado o leite e me entregue com o vidro ainda quente e brava comigo também por estar lá fora “escutando” conversa de gente grande.
Com o acontecido, eu saí perdendo na história, pois minha mãe julgou meu ato e deu a sentença: de hoje em diante, acabou mamadeira, agora como castigo, vai tomar leite na caneca, na xícara, no copo…
E assim, chegou ao fim o relacionamento entre mim e a mamadeira de vidro.

