
O dia em que o meu sogro pediu a minha mãe em casamento – ambos viúvos
31 de janeiro de 2025
Eu nasci em Sorocaba no ano de 1956 e morria de curiosidade de conhecer a capital. O mais longe que tinha ido era em Mongaguá, no litoral de São Paulo, de trem. Mas, eis que surgiu a primeira oportunidade em setembro de 1975. Eu trabalhava na Fábrica de Aço Paulista, como secretária do departamento de projetos. E no dia da secretária a empresa levou todas as secretárias para um encontro no Hotel Danúbio, que ficava na Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Lá fomos de ônibus da empresa para desbravar os segredos da selva de pedra. Para mim, tudo era absolutamente novidade.
O evento foi organizado pelas secretarias da matriz em São Paulo Ouvimos muitos agradecimentos e começaram os comes e bebes. Foi aí que eu comecei a pagar um “mico” inesquecível com a batida “meia de seda”. Tomei a primeira, achei uma delícia, docinha, a segunda, a terceira e imaginem logo aquela sorocabana cheia de curiosidade estava bêbada e não parava mais de falar. Não me lembro exatamente do que falava, mas, com certeza foi divertido, porque dali para frente fiquei muito conhecida entre as secretarias da capital.
Me lembro que o porre foi tão grande que até poesia eu recitei, em pé numa cadeira. Não sei como entrei no ônibus de volta para Sorocaba, o fato é que dormi tanto que parecia que a viagem tinha durado cinco minutos. É claro que no dia seguinte acordei com uma ressaca danada e não contei para minha mãe. O pior é que era o dia de encerar a casa e a minha parte era passar o escovão.