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Mãe é mãe
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Foi no Natal de 1959, quando eu tinha três anos, que ganhei a boneca que está comigo até hoje. São 65 anos de companheirismo.O meu sonho é deixá-la para uma netinha, que, ainda, não chegou.
Soube muito tempo depois, pela minha mãe, que quem teve a ideia de me dar aquela boneca, já que para aqueles tempos, não era um brinquedo barato, foi o tio Pílades, irmão do meu avô materno, que tinha uma loja de variedades na Rua Álvaro Soares, no centro de Sorocaba.
Ir na loja do tio Pílades era quase como ir na Disney de tanta coisa que se podia ver e, algumas vezes até tocar, antes que alguém mandasse a gente tirar a mão.
Eu não sei porque, mas eu nunca dei um nome para Gorducha, ficou sempre no apelido, nem me foi sugerido que eu desse, talvez porque todo mundo achasse que ela era parecida comigo, uma gorduchinha.



E, a prova disso, é que, mais de uma vez, eu vi os meus vestidos serem transformados em capa para o botijão de gás. No passado isso foi traumatizante, mas hoje acho incrível pensar como a minha mãe era criativa e tinha uma capacidade enorme de reciclar as coisas, ainda que, me fizesse sentir um botijão de gás.
Bom, mas, voltando a Gorducha preciso dizer que ela “vive” até hoje porque quando eu era bem pequena e brincava no quintal ela era o enfeite do sofá, ficava lá sentada toda arrumadinha para admiração da família e das visitas.
E, da adolescência para frente, ela virou enfeite da minha cama. Hoje ela habita o meu armário, mas, vez por outra, eu coloco ela para enfeitar a cama. Como é bom ter coisas boas para lembrar!.