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16 de abril de 2025Foi 1975, eu estava com 19 anos, trabalhando na empresa Petersen Indústria e Comércio de Injetoras de Plástico Ltda. que ficava na zona industrial de Sorocaba e entrei na Faculdade de Direito que ficava próximo ao centro de Sorocaba. O transporte público era escasso e chegar na Faculdade no horário estava difícil. Foi quando eu decidi aprender a dirigir e comprar um carro. Obtive a carta com uma certa dificuldade, quase repeti na baliza, mas acabei passando e obtendo a almejada CNH.
Quanto a comprar o carro falei com o meu tio Nene, irmão da minha mãe, que me apresentou um fuscão 1970, amarelo. Segundo o meu tio, o carro estava em boas condições mecânicas e o preço de 21 mil cruzeiros novos também era bom . Neste ponto, preciso fazer um parênteses para dizer que a cultura na minha família implantada pelo meu avô materno, Giuseppe Scaletti, não admitia a compra parcelada. O lema era juntar o dinheiro para então comprar à vista. Eu demoraria muito para juntar os 21 mil cruzeiros novos. Então o meu tio comprou,pagou a vista e me vendeu pelo mesmo preço em 10 parcelas de 2.100 cruzeiros novos. Ele fez 10 notas promissórias que eu consegui resgatar pontualmente. Fiquei com o fuscão 5 anos e então vendi. Vivemos juntos grandes emoções. De vez em quando eu via ele rodando em Sorocaba e me lembrava de histórias inesquecíveis.
Agradeço sempre o meu tio Francisco Scaletti, o Nene, por ter me ajudado a comprar o meu primeiro carro, o Chiquinho Amarelinho.