
Os Beatles, Paul e eu
28 de abril de 2025
Meus amigos de quatro patas
13 de maio de 2025
Minha mãe era gerente na cidade de Angatuba/SP (um acontecimento e tanto para a época) do escritório local da extinta Companhia Hidrelétrica Paranapanema (depois CESP e agora Auren Energia), ou seja, quando faltava energia era ela quem tomava as providências.
Morávamos numa casa no centro, de esquina, que também era o escritório da Companhia. De acordo com a arquitetura da época, a porta de entrada tinha uns 3 ou 4 degraus, que ao terminar já era a calçada e era usada para atender o público.
Um belo dia, não me deparando com nenhum empecilho maternal (pois minha mãe não viu a minha esperteza), abri a porta, saí e sentei- me no último degrau com os pezinhos na calçada e passei a admirar o movimento na rua, que aliás era pouco, muuuito pouco.
De repente, vem um cavalo descendo a rua com um homem montado. Quando chegou bem na esquina, há uns cinco metros de mim, calculo hoje, o cavalo, sabe-se lá porquê, se empinou nas patas traseiras e deu aquela relinchada mostrando aqueles dentes enormes e olhando diretamente para mim, tipo olho no olho, tipo o que você está fazendo aí? tipo vou te pegar…
Entrei correndo e gritando apavorada. Minha mãe veio na hora saber o que estava acontecendo e eu em prantos: o cavalo queria me comer. Minha mãe perguntou por que eu achava que ele queria me comer. Respondi por que ele me olhou e riu pra mim.
Minha mãe, por um tempo, sempre que achava necessário, aproveitava-se da experiência por mim vivida e usava para me botar medo quando eu queria fazer alguma coisa fora do seu controle. Olha o cavalo… típico de mães.
E assim meu relacionamento com a espécie equina ficou estremecida para todo o sempre.
