
Meu amigo Pedrinho
18 de julho de 2025
Dose dupla de amor
24 de julho de 2025“O que foi felicidade
Me mata agora de saudade
Velhos tempos
Belos dias.”
Hoje quero tocar no coração daqueles que viveram nos anos 60 e 70, longe das drogas e do movimento hippie.
Nós, jovens do interior, que curtíamos as tardes de domingo com a Jovem Guarda, as brincadeiras dançantes no clube da cidade, os bailes de formatura animados por orquestras ao som de Ray Conniff, Billy Vaughn, Frank Pourcel, Renato e seus Blue Caps, Roberto e Erasmo, dentre muitos outros.
Dançávamos boleros, samba, rock and roll, twist e até valsa – muitas vezes de rostinho colado com o par preferido.
A regra era dançar com todos os rapazes que nos escolhiam – não podia “dar tábua”, era uma ofensa ao rapaz. Sofríamos quando nosso paquera dançava com outra menina mas, quando vinha na nossa direção, o coração disparava.
E no cinema, então? Todas as meninas que tinham um namoradinho sentavam em uma poltrona e guardavam a do lado. No apagar das luzes, era só rapazinho circulando em busca da sua paquera para sentar ao lado. Durante o filme, ficávamos de mão dada, trocando beijinhos furtivos – nada além disso.No the end, cada um voltava para seu lugar.
Esses momentos rendiam sonhos, emoções e comentários para o resto da semana.
E, hoje eu me pergunto, onde ficou no tempo – aquela magia, aquele encantamento, aquela ternura?